segunda-feira, 2 de maio de 2011

                                                           Foto: Paulo Soares           
    Mês das noivas
Maio já chegou em clima de celebração. Os americanos que comemoram a morte de Bin Laden; a torcida rubro-negra que festeja o título invicto do Campeonato Carioca de 2011, e por que não citar o casamento do príncipe William e Kate, que embora tenha acontecido no finalzinho de Abril, servirá de inspiração para muitos casais que pretendem contrair núpcias no mês que se inicia. Enfim, maio é tempo de comemorar. Celebrar a esperança, o romantismo dos casais apaixonados e a plenitude do amor que se revela na relação mãe e filho. Afinal para quem não sabe, maio é considerado o mês das noivas e também o mês das mães.
 Há quem diga que essa tradição tenha sido importada dos países do hemisfério norte, onde maio é um mês muito importante para os costumes populares. Naquela parte do mundo o início de maio é celebrado com muitas flores em homenagem à natureza que refloresce e a primavera que atinge sua plenitude. Ao longo dos séculos esses elementos foram sendo associados à celebração do amor e do casamento. Essa relação com as flores e a feminilidade também fez de maio o mês das mães.
Já que estamos no mês das noivas, gostaria de tecer alguns comentários a respeito do assunto. Embora muitos afirmem que o casamento é uma instituição falida, acredito no matrimônio como o propósito de Deus para o homem na terra. “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” Gn. 2:24.
Vivencio quase que diariamente situações de pessoas que há pouco tempo se amavam e agora se odeiam, afinal trabalho em uma vara de família onde o número de divórcios é assustador. Talvez seja essa a razão do casamento está caindo em descrédito, uma vez que cresce a cada dia os índices de casais que recorrem à justiça para se divorciarem. Acredito, portanto, que nunca devemos tomar como exemplo para nós, os fracassos dos casamentos dos outros.
Há quem diga que a sociedade está mudando e com ela os costumes e comportamentos também. Dizem que as formas de pensar, de agir e de viver estão se “modernizando”, mas esquecem-se que os princípios de Deus são imutáveis.
Creio sim que o casamento foi instituído por Deus e é abençoador na vida do homem e da mulher. “O Matrimônio simboliza a união de duas pessoas, para o cumprimento do propósito de Deus: a perpetuação da humanidade”, reprodução da frase dita pelo bispo de Londres Richard Chartres, que proferiu o sermão no casamento do príncipe William e Kate.
Fico muito feliz quando recebo a notícia de que alguém vai se casar, este é um assunto que sempre me interessa, mesmo que eu não seja convidada para a cerimônia. Fico imaginando o vestido da noiva, o glamour da noite, a lua-de-mel, os dias que se sucederão na vida de mais um jovem casal. Sempre lembro do meu dia de noiva, acho que na vida de uma mulher esse um dos dias mais importantes.
É interessante ver como com os passar dos anos de convivência, ficamos parecidos (um com o outro). Os pensamentos, a forma de falar, até mesmo de agir. Conheço casais que até mesmo na forma de sorrir se parecem. Sei que muitos pensarão: “isso é perda de identidade”, não vejo assim, acho que isso se chama “sintonia”. É claro que isso não é uma regra, existem casais que com o passar dos anos menos se parecem e menos se entendem, acredito que essa deveria ser uma forma de medir se um casamento vai bem.
Quando estava pra casar passei por um curso de noivos que me fez entender muitas verdades sobre o matrimônio. Entendi que quando estamos dispostos em cumprir o propósito de Deus, Ele abre as portas para nós e supre todas as nossas necessidades. Pude ver isso se cumprir na minha vida. “Quem encontra uma esposa acha uma coisa boa; e alcança o favor de Deus”, Pr. 18:22. Entendi ainda que ao homem foi atribuída a incumbência de dá nome à mulher.“ Então, o Senhor Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. E a costela que o Senhor tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. E disse o homem: Esta, afinal é osso dos meus ossos e carne da minha carne, CHAMAR-SE-Á, varoa, porquanto do varão foi tomada.” Gn. 2: 21-23   
O casamento nada mais é que uma aliança firmada entre o homem, a mulher e Deus e embora o mundo pregue que se tornou desnecessário e coisa do passado, nós cristãos que acreditamos em um Deus vivo e imutável que instituiu o matrimônio desde o Éden, devemos nos levantar e fazer a diferença em meio aos modismos que permeiam a sociedade do descompromisso, não nos deixando contaminar pela idéia de que o casamento ficou demodê.
Por Liana Jacinto